Blog de merda, onde a maior preocupação está em saber qual a melhor companhia: um copo de coca-cola ou uma xícara de café.

sábado, 29 de outubro de 2011

Corcunda

Por Juliana Vieira



Eu devia ter oito ou nove anos, quando reparei aquilo.
Foi num dia calmo, como qualquer outro, que eu acordei pela manhã ainda sonolenta. Não houve complicação alguma quando fui tomar o café da manhã, tampouco ao tomar banho. De fato, eu não entendo muito bem o porquê de eu não ter dificuldade para com essas situações. Talvez seja o costume inveterado, não sei.
Havia névoa fora de casa. Eu mesmo, que sempre morei bem próximo à praia, não pude vê-la. Mamãe tinha medo de que eu me perdesse na vastidão dela, mas eu queria mesmo era tocar – ainda que a palma de minha mão não seja promíscua o suficiente para tal -, queria ver – ainda que meus olhos nada vissem senão fumaça branca -, queria cheirar – ainda que estivesse resfriada o suficiente para não sentir os sórdidos cheiros que emanavam dos esgotos.
Minha mão pairou por sobre a janela fechada do carro de meu pai; talvez eu não tivesse outra chance de ver aquele fenômeno cujo nome, até então eu desconhecia. Achava aquilo tudo maravilhoso, fascinante e curioso, também. Seria até agradável, me perder naquela nuvem que descera dos céus, só para gozar de minha privacidade.
No entanto não pude fazê-lo. Pouco a pouco, as casas de meus vizinhos e vizinhas começaram a reaparecer, o carro já em movimento. A sensação de paz que eu sentira naqueles poucos momentos de admiração silenciosa jamais se fariam iguais outra vez. Mas quando pude ver o céu, alegrei-me. Estava limpo, poucas nuvens escondiam a densidade do azul.
Foi uma maravilha, contemplar a primeira proeza que Deus inventara.
Não penso no céu, ou em névoas, atualmente. Possuo inúmeras preocupações; preciso estar sempre com o olhar fixo no chão para não tropeçar, se eu olhar demais para o alto não vou ater minha atenção no lugar por onde caminho. É isso que aprendemos a vida inteira, este fato ninguém poderá negar.
O problema é que eu vou ganhar uma enorme corcunda, se nunca desviar o olhar para o céu.


Juliana Vieira é moradora da capital do Rio de Janeiro, nasceu em 1995 e é gremista em virtude de um acordo. Nascida no Paraná (PR) é estudante e fascinada por música. (O que depende do momento, variando de "música de velho" até o heavy metal ). Pode falar com ela através de seu msn - j.uhvc@hotmail.com

Zódiaco

                 E chegada mais uma sexta feira, na verdade essa não é somente mais uma sexta-feira, é a primeira sexta-feira do mês. Galera sem grana, outros com grana mas enfim, o fato é que percebendo que não tenho grana pra sair e tenho uma postagem pra fazer me recorro sempre aos bons filmes para a minha diversão, e para eu recomendar para vocês.  Meu olho se recai no dvd do ZODÍACO. Isso amigos, mas não é do Cavaleiros do Zodíaco, é só Zodíaco mesmo, um filme de David Fincher.

Matemática de Boteco

Não poderia deixar de ser diferente. Não é apenas no trabalho que ninguém quer nada com nada na sexta feira, nos estudos é a mesmíssima coisa, pra pior. Salvas as exceções o papinho é o mesmo. – “Professor, pega leve hoje é sexta feita.” ou “Professor, vem com nós no intervalo para o bar?” – E por aí vão os inúmeros jeitos de tentar passar a perna no professor, que não é bobo nada, saca fácil qual é.


No mundo se acostuma

Não importa como nem quando, o certo é que se não está ficará na merda. Se tivesse que apostar nisso ao invés da mega sena estaria fadado a ser um milionário. Veja bem: hoje você tem força no grito, mas o que faz senão sentar seu traseiro frente a um PC, ou na cadeira de um bar para discutir sobre futebol, talvez sobre a porra da novela que imita o filme. Alguns vão entender isso. Como se não bastasse “a vida imitar o filme” a novela também copia, e agora TODOS COPIAM. Tem coisas que não mudam outras que não deveriam mudar, mas caiem nesse erro.

#ODiaPelaIndependência

“Nós Não Perdoamos, Nós Não Nos Esquecemos.”
         O manifesto ocorreu em meio à comemoração da independência do Brasil. Muitos foram os que sairam para comemorar, ver desfiles, ou os aviões em suas manobras. Tantos outros foram às ruas para protestar contra a corrupção; o evento aconteceu em várias cidades, ele se trata da segunda fase do “The Plan” promovido pelo grupo Anonymous.